A vitória sobre o Novorizontino neste domingo, de virada, fora de casa e contrariando as probabilidades, além de fazer com que a Chapecoense volte a respirar, vai servir de exemplo para as próximas 15 finais que o clube terá na Série B do Brasileirão.
O segundo tempo contra o time de Novo Horizonte, teve tudo que a Chapecoense precisa para escapar do rebaixamento ao final da temporada. Intensidade, aplicação tática, desejo de vitória e é claro sorte.
O primeiro tempo no interior paulista foi um retrato do que não fazer em um campeonato cheio de equilíbrio e com jogos sendo decididos nos detalhes. Falta de intensidade, passividade e aplicação tática quase nula, não vão levar a Chapecoense ao seu principal objetivo que é permanecer na segunda divisão nacional. O primeiro tempo no interior paulista ficou barato.
Claudinei Oliveira conseguiu arrumar a casa no vestiário e após o intervalo o que se viu no Jorge Ismael De Biasi, foi um nova Chapecoense. Talvez não tenhamos visto um futebol primoroso, mas as coisas estavam claras para o verdão. O time entrou disposto a não perder e a brigar pela vitória.
O que se viu após o intervalo, foi um time com aplicação tática definida, marcando o adversário em todos os setores do campo. A Chape se impôs na força física (poucas vezes se viu isso na Série B deste ano), e ganhou mais duelos que o adversário no segundo tempo. Após ter conquistado a virada, Claudinei soube o que fazer com as peças do banco e os jogadores entenderam a forma de jogar até o final do jogo. Resultado justo para um time que quis vencer o jogo, com as armas que tinha.
Os clichês do futebol, muitas vezes não se aplicam nos mais diversos clubes. Mas fazer parte da Chapecoense, dentro e fora de campo, é uma honra. Os jogadores, principais personagens do clube, precisam entender de uma vez por todas, que quando vestem a camisa da Chapecoense, eles representam uma comunidade inteira, que passou o que passou ao lado do seu clube. Estar na Chapecoense requer esse comprometimento, sem ressalvas.
O segundo tempo do jogo deste domingo tem que se tornar a regra e não a exceção.