
A Chapecoense confirmou o que já era temido: Mário Sérgio, o artilheiro do time na temporada, está de saída para o futebol japonês. A negociação, que traz um bom valor financeiro para os cofres do clube, agora impõe um desafio ainda maior, que é encontrar um substituto à altura em um mercado cada vez mais inflacionado e escasso para a posição de centroavante.
Apesar do interesse do Hokkaido Consadole Sapporo, da segunda divisão japonesa, a Chapecoense foi inicialmente relutante em negociar seu principal jogador. Fontes dos bastidores revelam que o clube compreendia a importância de Mário Sérgio para o grupo e para os objetivos na Série B do Brasileirão. No entanto, o próprio atleta manifestou à diretoria um forte desejo de jogar fora do país, tornando sua permanência insustentável.
“Super Mário”, como era carinhosamente chamado pela torcida, não era apenas o artilheiro da temporada. Ele foi diretamente responsável por seis dos pontos conquistados pela Chapecoense na Série B até o momento, o que representa 37,5% do total. Seus gols deram a vitória contra o Athletic (1 a 0) e o Criciúma (2 a 1).
A Chapecoense agiu corretamente ao tentar manter o jogador. O mercado de centroavantes para a Série B é escasso e os atletas aptos a negociações muitas vezes pedem salários incompatíveis com a realidade financeira do clube. A saída de Mário Sérgio, motivada pela vontade do atleta, mostra que mesmo o desejo de um clube em segurar um jogador pode ser superado pela decisão individual.
Embora o valor exato da transação não tenha sido divulgado, é certo que a quantia ajudará a Chapecoense. Contudo, o verdadeiro sucesso da negociação só poderá ser avaliado ao final da temporada. No futebol, o gol “custa caro”, e a Chape perde seu principal goleador. Para que a saída de Mário Sérgio seja um bom negócio, o clube precisará suprir essa perda com um jogador que possa entregar, no mínimo, o mesmo desempenho em campo.
A Chapecoense conseguirá encontrar um substituto para Mário Sérgio que mantenha o nível de performance do time?