Mais uma vez a Chapecoense teve nas mãos a chance de sair do Z-4 do Brasileirão da Série B e continuar dependendo somente de suas forças para permanecer na divisão. E mais uma vez, o que se viu na Arena Condá foi o famoso “mais do mesmo”. Um time que cria oportunidades, que por vezes é melhor que o adversário, mas que esbarra na falta de qualidade técnica e é punido no final. Um roteiro de filme de terror na véspera do Halloween.

Nesta segunda (30) na Arena Condá, os desfalques de Pavani, Cazonatti e Marcinho, foram muito sentidos, comprovando que a falta profundidade do elenco da Chapecoense é um dos pontos determinantes para a campanha ruim nesta temporada. A Chapecoense encontra mecanismos, chega ao gol do adversário, tem oportunidades, mas falta uma qualidade maior para finalizar as partidas e sair com as vitórias.

Infelizmente essa foi a narrativa da Chapecoense na temporada inteira. Um elenco que não conseguiu se encontrar, peças que não renderam o esperado e apostas de que não deram certo até aqui. Os números, as atuações e a posição na tabela, são irrefutáveis. Isso é o que está posto e é algo que não muda mais. 

A partir de agora, o Verdão vai ter que buscar forças para as últimas quatro rodadas do campeonato. As chances matemáticas ainda existem, inclusive pelo baixo aproveitamento dos times na briga contra o rebaixamento. No entanto de nada adianta torcer contra os adversários, se a Chapecoense não fizer a sua parte. No melhor dos cenários, a Chape pode escapar com mais duas vitórias, o que não é nada improvável. Os cálculos para isso são mais complexos, tão complexos quanto a Chape conseguir as duas vitórias. Novamente a exceção terá de fazer parte dos resultados da Chape.

Enquanto a matemática permitir, a Chapecoense precisa lutar, mesmo que a probabilidade não esteja a favor. 

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