A Chapecoense volta pra casa com apenas um ponto, após dois jogos longe de seus domínios, contra Brusque e Avaí. Dois jogos difíceis e com fatores complicadores em ambas as partidas. A necessidade de rodagem do elenco e também as condições dos gramados tanto no Estádio das Nações (Balneário Camboriú), quanto na Ressacada, devem ser colocados na equação, mas não com maior peso do que merecem. 

Para as duas partidas fora de casa neste início de temporada, a Chapecoense optou pela rodagem do plantel, para dar mais ritmo para maioria dos jogadores e também para preservar o elenco de possíveis lesões. O revezamento no time titular, com a gestão dos minutos jogados, é de fundamental importância, tendo em vista a pré-temporada sempre reduzida e o número de jogos desde o dia 20 janeiro (4). Com peças diferentes em campo, nos três primeiros jogos da temporada, ficou mais difícil para Claudinei Oliveira evoluir o time taticamente, o que é perfeitamente compreensível. 

No meio da última semana, no jogo contra o Brusque, a Chapecoense conseguiu fazer um jogo mais consistente, mesmo com um time muito modificado em relação ao time da estreia no Campeonato. Mesmo assim, em um jogo equilibrado, as duas equipes poderiam ter ficado com os três pontos. Neste domingo (28) contra o Avaí em Florianópolis, a Chapecoense teve mais oscilações dentro dos “90 minutos” e foi melhor que o adversário apenas nos primeiros 20 minutos do jogo. O Avaí foi superior na maior parte do jogo e conseguiu aplicar melhor o que foi proposto para o duelo.

Em um time em formação, os mecanismos táticos defensivos tendem a ser mais simples para implementação e também para aplicação dos jogadores em campo e a Chapecoense já demonstrou que o caminho está sendo traçado. No entanto o que faltou nos dois jogos fora de casa, foi uma maior produção ofensiva, com mais alternativas, que dariam maior fluidez ao ataque verde e branco. Pontos, que certamente serão o foco de Claudinei Oliveira na busca da evolução do time e geralmente são mais complexos para acertar e demandam de mais tempo de treinamento.

Foram dois jogos difíceis, contra times da Série B do Brasileirão e certamente favoritos para estarem entre os quatro melhores times do Catarinense em 2024. A temporada está apenas começando e a derrota para o Avaí fora de casa, não pode significar mais do que ela é: uma derrota, em início de temporada, com o time ainda buscando uma identidade. Colocar maior peso neste revés, é desperdiçar energia. O foco deve estar na evolução do time como um todo, sem gastar energia em situações que fogem ao controle.

Gramado 

Ontem vimos algo inaceitável em um jogo entre duas equipes de Série B de Campeonato Brasileiro. O gramado da Ressacada estava impraticável e com certeza prejudicou o jogo com um todo. Os clubes, de modo geral, deveriam brigar mais por condições básicas de jogo na maior competição do estado. Não levar esse tema para o debate, é simplesmente “lavar as mãos” e não dar a devida importância ao produto final. Independente dos fatores que levaram o gramado da Ressacada a ficar dessa maneira, havia tempo hábil e métodos a se aplicar para que o gramada estivesse e melhor condição para o início da temporada. 

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